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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Com tanta riqueza por aí, onde é que está? Cadê sua fração?

Em setembro de 2009, três crianças morreram soterradas no Morro do Socó, que fica na divisa das cidades de Osasco e Barueri, região Oeste da Grande São Paulo. Elas foram vítimas de um deslizamento de terra provocado pelas fortes chuvas que assolaram a capital e região metropolitana. Mais; foram vítimas das condições sub humanas em que viviam em área de risco. Quem, depois de mais de um ano, lembra destas crianças?
Se alguém se lembra das três crianças e de sua mãe, que morreram soterradas; certamente não é nenhum secretário de habitação de Barueri ou de Osasco, tampouco seus prefeitos.
Depois de 1 ano e 5 meses, ainda há restos da casa, onde moravam as crianças, espalhados pelo rastro que o desmoronamento deixou. Assim como uma "advertência", a imagem choca quando traz à lembrança a tragédia que vitimou irmãos inocentes. Assusta, ainda mais, quando se olha ao redor e se tem a constatação de que nada mudou, e outras centenas de famílias continuam morando no mesmo local.

Os anteriores prefeitos da cidade de Osasco, que não impediram a invasão de áreas de risco por famílias que construíram suas casas nestes locais, formando as comunidades do Morro do Socó e Portal D'Oeste II, dentre outras; terão suas parcelas de culpa anistiadas: o atual prefeito, Emídio Pereira de Souza (PT), iniciou processo de urbanização da favela e já ordenou que as ruas recebam guias e asfalto, mesmo sem nenhum espaço para a construção de calçadas (passeio).
Com recursos do PAC, cerca de R$120mi; Emídio entregou 84 apartamentos populares no bairro Portal D'Oeste II, em Julho do ano passado. A comunidade é uma extensão do Morro do Socó.
Osasco está urbanizando as suas quatro maiores favelas. Além do Morro do Socó e do Portal D'Oeste II, também receberão investimentos do PAC e recursos da prefeitura do município, o Morro do Sabão, Portal D'Oeste I, Vila Vicentina, Menk e Campo; segundo informações do jornal local.
É assim que os prefeitos contornam as moradias irregulares instaladas em suas cidades: reurbanizam, colocam asfalto, plantam árvores, mandam pintar as fachadas das casas e... só! Quando constróem casas populares, permitem que as obras sejam embargadas depois de constatadas irregularidades como utilização de material de péssima qualidade, desvio de verba, riscos de desabamentos...
 

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