Páginas

sábado, 26 de março de 2011

Saidinha de banco: dois assaltos frustrados agitam a tarde.

Dois assaltos movimentaram as polícias Civil e Militar na tarde desta sexta-feira (25) no bairro da Vila Carrão, zona Leste da capital paulista, e quase aconteceram simultaneamente.
A primeira ocorrência foi em uma das duas agências do banco Bradesco da Avenida Conselheiro Carrão, na altura do nº 3000, a apenas 600m do 31º Distrito Policial. Por volta das 16hs, um bandido armado assaltou um policial militar da Força Tática que estava de folga e havia efetuado um saque de alto valor na agência. O assaltante fugiu do local no carro da vítima, um VW Spacefox, mas foi perseguido e, baleado pelo policial, acabou morrendo na rua Xiririca, no bairro de Vila Formosa.
Já na altura da Rua Baquiá, a 800m da mesma delegacia de polícia, outro assaltante caiu de sua moto depois de ser alvejado por tiros dados por mais um policial à paisana que estava de folga. Era mais uma "saidinha de banco" que, graças à ação do Cabo Porto (36) da Força Tática da Polícia Militar, lotado no 21ºBatalhão da Corporação; fracassou.

Por volta das 16hs, o CB Porto conversava com os amigos D.B.P (40) e R.A.R (41) na rua Lucinda Gomes Barreto, que fica paralela à avenida Conselheiro Carrão, quando o vizinho de um dos amigos estacionava o seu carro em frente à sua residência. Poucos metros atrás, dois assaltantes em duas motocicletas também pararam e Porto achou a movimentação estranha.
Quando o motorista P.O (38) descia do veículo, os ladrões se aproximaram e anunciaram o assalto. Neste momento, o Cabo da Força Tática apontou sua arma para os bandidos dando-lhes voz de prisão e ordenando que saíssem de suas motos e deitassem no chão, mas um dos marginais esboçou reação e, antes que efetuasse disparos contra o policial, foi alvejado por ele e iniciou fuga do local, seguindo no sentido da rua Baquiá. O segundo assaltante, não  atingido pelos tiros, fugiu em direção à avenida Aricanduva.
Porto e seus amigos perseguiram o assaltante ferido que acabou caindo de sua moto no cruzamento da avenida Conselheiro Carrão com a rua Baquiá. Mesmo no chão, ele ainda tentou sacar novamente sua arma mas foi contido pelo policial.
Socorrido pelo Resgate, foi encaminhado para o pronto socorro do Hospital Municipal do Tatuapé e não corre risco de morte, o que é uma boa notícia pois, assim, ele deverá colaborar com a polícia para a prisão do seu cúmplice nesta tentativa de assalto. Ao mesmo tempo, não é uma notícia tão boa pois, como diria o saudoso apresentador Luiz Carlos Alborguetti em um de seus famosos bordões, "bandido bom é bandido morto".
A vítima deste assalto havia sacado uma alta quantia em dinheiro de uma agência bancária no bairro da Saúde e foi perseguida por cerca de 18km até ser abordada pelos ladrões na porta de sua casa, na Vila Carrão. Em se tratando de uma tarde de sexta-feira, a perseguição deve ter durado, no mínimo, cerca de uma hora. O que faz os assaltantes assumirem um risco deste? Nosso Código Penal de dezembro de 1940.
Há 71 anos atrás não se ouvia falar de crimes como sequestro, estupros, saidinhas de banco, latrocínios... Não se matava por motivos fúteis, tampouco tinha-se acesso fácil à tantas armas e muitas, como hoje, com poder para derrubar helicópteros e perfurar blindagem de carro forte.
A culpa pela violência crescente em todo o país e principalmente nos grandes centros é dos nossos parlamentares. Com boa parte composto por corruptos e gananciosos, nosso Congresso legisla em favor de minorias e em favor próprio.
E em São Paulo, com Alckim e seu PSDB no governo, a tendência é de piora no quadro da "insegurança pública". Policiais são mal remunerados, recebem ticket refeição de R$4 e, ainda assim, graças a Deus, a maioria destes policiais defende a sociedade das ações dos marginais.
Em 2006, quando Alckmin era governador licenciado no Estado de São Paulo para concorrer à presidência da República, a maior organização criminosa que age dentro e fora dos presídios atacou e matou, durante dias, forças policiais do Estado. O que mudou cinco anos depois? Absolutamente nada!

domingo, 13 de março de 2011

É ministro, mas também ganha como procurador.

Partido dos Trabalhadores... diga-me com quem andas, e o que andas copiando, que te direi quem és.
Se você pensa que os escândalos se limitam a "Delúbios, Zés Dirceus e Joãos Paulos Cunhas", está completamente enganado(a).

O ex-coordenador da campanha de Dilma Rousseff à presidência da República, José Eduardo Martins Cardozo, ex-deputado nomeado ministro da Justiça, anda recebendo mais um salário oriundo de dinheiro público, além do que recebe do executivo Federal, e quem paga esta segunda salgada conta somos nós, paulistanos.

Cardozo é procurador municipal concursado desde 1982 e está licenciado da função, na Prefeitura de São Paulo, para exercer o cargo no ministério.

Segundo assessores do ministro, em resposta à reportagem do jornal  Estado de São Paulo, o dinheiro será devolvido, mas não informaram qual valor será restituído aos cofres do município.

Ainda segundo a reportagem, o salário de um procurador municipal que ingressou na mesma época que Cardozo gira em torno de R$18mil. Somado com o salário de ministro, R$26.723,13, o ministro já recebeu cerca de R$ 35mil em janeiro e fevereiro deste ano. O total excede o teto do funcionalismo público delimitado pelo salário de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que também é de R$26,7mil.

Os assessores de José Eduardo Cardozo afirmaram que o recebimento de salários como procurador do município ocorreu por "erro de comunicação entre o ministério e a Prefeitura de São Paulo". Ah vá... Quem garante que houve, de fato, uma troca de e-mails, telefonemas ou quaisquer outros contatos àcerca do assunto?

Em abril de 2007, o ministro havia pedido o afastamento da prefeitura para exercer seu mandato de deputado federal e a ausência fora concedida daquele mês até o dia 31 de janeiro de 2011, sem que o então deputado federal recebesse salários, naquele período,  pela função de procurador.

Entretanto, as condições do afastamento foram modificadas no fim de janeiro deste ano, quando Cardozo já havia sido nomeado ministro e, com as mudanças, a licença passou a ser remunerada.

Ainda segundo sua assessoria, ao tomar posse como ministro, José Eduardo fez uma nova solicitação de afastamento do cargo de procurador até o fim deste ano, sem prejuízo de vencimentos. Isso significa que ele iria receber também o salário de procurador por todo esse período. Entretando, nesta semana, o Diário Oficial da Cidade de São Paulo publicou uma alteração nas condições da licença, na qual o ministro deve abrir mão do seu salário na prefeitura a partir do dia 15 de fevereiro.

A assessoria do ministro informou à reportagem do Estado que, no mês de janeiro, Cardozo não recebeu integralmente o salário de ministro, já que lei municipal permite ao servidor público afastado optar por receber o salário original ou o do novo cargo. Mas, em fevereiro, o ministro recebeu o salário tanto pelo ministério quanto pela Prefeitura. Ainda de acordo com a assessoria, "Cardozo percebeu o erro após o alerta do Estado" e determinou a devolução integral do valor recebido da Prefeitura.

Peraí... o ministro só percebeu que havia recebido dois salários, um de forma irregular, apenas após ler reportagem/denúncia de um jornal? Ah tá! Quer dizer que se o Estadão não tivesse apurado e publicado mais esta mazela com o dinheiro público, ele nem teria tomado conhecimento de que estaria ganhando em torno de "35mil pilas" por mês e, certamente, não devolveria...?

Corrupção, mau uso de dinheiro público, improbidade administrativa... cânceres nacionais que só serão eliminados, um dia, se adotarmos aqui a política chinesa que condena à morte funcionários públicos e representantes do povo que agem da forma como agem os nossos políticos. O problema? Teríamos eleições a cada seis meses, até que todos os larápios brasileiros fossem executados, um a um.