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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Jornalista da Record morre em acidente na Régis Bittencourt.

Com 43 passageiros a bordo, um ônibus da Viação Catarinense, que saiu do Terminal Rodoviário do Tietê e ia de São Paulo a região sul do país, tombou na madrugada desta quarta-feira (28) na rodovia Régis Bittencourt. O motorista do ônibus disse aos policiais rodoviários federais que na altura do km 549, no município de Barra do Turvo, interior paulista, foi fechado por um caminhão no momento em que tentava uma ultrapassagem. No acidente, quatro passageiros morreram e 13 ficaram feridos sendo que dois ainda correm risco de morte e estão internados em estado grave. Todos estavam indo comemorar o réveillon em Florianópolis, Santa Catarina.
O tombamento aconteceu por volta das 5h, numa curva no sentido do Paraná. De acordo com a Autopistas Régis Bittencourt, concessionária que administra a rodovia, por conta do acidente a estrada chegou a ser parcialmente interditada por dez minutos no km 543 próximo a um posto de pedágio no sentido capital-interior, mas liberada em seguida após o ônibus ser destombado e removido ao acostamento. O sentido contrário da via, do Paraná a São Paulo, não foi afetado.

A jornalista Dayanne de Souza Albuquerque, de apenas 27 anos, coordenadora de rede do jornalismo da Rede Record; foi uma das quatro vítimas fatais deste acidente. Segundo informou a emissora, ela estava viajando com outras colegas para o réveillon em Florianópolis. Juliana Alberico Gutierre, pauteira, foi liberada com ferimentos leves e Bruna Margarida Nogueira Soares, também coordenadora de rede, passou por uma cirurgia na perna e foi transportada em uma ambulância para São Paulo. Rivka Pereira Lopes, ex-estagiária da Record, que assinou seu primeiro contrato de trabalho na última sexta-feira com a Mercedes Benz, está em estado gravíssimo em um hospital de Registro. 

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Vanessa di Sevo é demitida durante suas férias.

Cada um de nós, com certeza, já esteve em empresas onde existem as "panelas", os "queridinhos", os "adoráveis da chefia", os "pela-sacos" da vida e, invariavelmente, em todas elas também estão os imbecis. Ahhh os imbecis... estes são os mais perigosos, principalmente se a empresa apresenta bons resultados aos seus comandos. Ninguém percebe que o que é grande na mão dos ignorantes poderia estar bem maior, e bem mais rentável, na direção de pessoas sensatas e abertas à críticas e opiniões.
A "ditadura do falar", o "delito de opinião"... você fala o que sente na melhor das intenções visando o aperfeiçoamento de processos, adequação de estratégias, direcionamento correto de focos e... suas sugestões viram fofocas, suas críticas viram ofensas e você, o único sensato dentro daquela organização, passa a ser visto como a "laranja podre" e ainda que o cesto todo esteja estragado, ninguém percebe que você sempre esteve fora dele.
Todas as profissões tem seus submundos e poucos são os profissionais que não são atirados neles. Geralmente são os imbecis, os invejosos, os parciais, os de dupla personalidade. São aquelas pessoas com o complexo de "Gabriela" (eu nasci assim, eu cresci assim e sou mesmo sim, vou ser sempre assim): não se atualizam, pararam no tempo, mal sabem que existem gritantes diferenças entre uma pós e um MBA (sendo que pós graduação é uma busca por uma especialização que aprofunda-se em estudos cujas matérias não precisam ser inerentes à formação, enquanto que MBA - Master Business Administration, tem ligação direta e exclusiva com administração de negócios e gestões); e, ainda assim, são aplaudidas e mencionadas como exemplos de profissionalismo e comprometimento em suas organizações. Algumas até dão palestras, lideram reuniões (sempre longas, exaustivas e improdutivas; mas juram que delas saem bons resultados) e são escaladas como oradoras em seminários; inacreditável.
O jornalismo também tem seu submundo, talvez tão podre quanto em outras profissões. Pode-se assistir de tudo em contratações e em demissões. No jornalismo, em alguns casos, há parcialidades para admitir um profissional e também para dispensá-lo, bem como declarações de justificativas absurdas para dar ênfase aos motivos demissionais.
Já ví repórter perder emprego por ter relevado, de maneira não intencional, que a confecção antecipada de obituários de celebridades e pessoas públicas é uma prática comum em todas as redações; mas os dirigentes (os imbecis como citado no primeiro parágrafo) acreditam que o leitor deve crer que toda a história de vida da pessoa morta foi reunida e editada assim que o hospital divulgou a nota de seu falecimento. Só um idiota para acreditar que uma emissora de TV, por exemplo, buscou as principais imagens e momentos do Drº Sócrates, editou e publicou minutos depois de sua morte.
Também já ouví a emocionante frase "não é nada pessoal mas suas críticas não soaram bem na redação e esta postura é inaceitável entre os 'colegas'" (neste caso, os fofoqueiros, os integrantes de panelas, os pela-sacos). A contrapartida foi melhor e a demitida mandou: "sei... a postura aceitável é aquela em que a mentira deve prevalecer e a falsidade sempre será louvada para se manter o bom relacionamento entre todos aqui dentro e também lá fora com contatos e fontes. Esta postura me enoja e não me serve. Aonde eu assino?" kkk Digna de ser aplaudida em pé.
Desta forma indignada, solidarizo-me com Vanessa di Sevo, profissional experiente com uma bagagem cultural e profissional que deve servir de exemplo aos recém formados e aos que ingressarão em algum curso de jornalismo no próximo semestre; que foi demitida enquanto gozava de suas férias, conforme artigo publicado por Anderson Cheni em seu blog ( http://migre.me/7dFEO ).
Vanessa perde, claro; mas temporariamente. Ou talvez não; talvez ganhe como na máxima "há males que vem para o bem". A única certeza: perde muito mais quem se permitiu perdê-la. É isso.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Distribuidora de candies Marsil perde Felisberto Marques.

Em "Os bons morrem jovens", do álbum Descobrimento do Brasil (1993), da Legião Urbana; Renato Russo canta achar estranho o fato de os bons morrerem cedo demais, e a máxima citada na canção, infelizmente, permanece atual.
Na noite desta quinta-feira (1º), a Marsil, uma das maiores distribuidoras de candies da América do Sul; perdeu um dos sócios de sua segunda geração de administradores: Felisberto Marques. Ele se recuperava de uma cirurgia quando sofreu um ataque cardíaco que o levou à morte.
Fundada em 1961 por dois irmãos da família portuguesa Marques, que uniram-se a um amigo da família Silva, daonde originou-se "Marsil"; a empresa que iniciou suas operações vendendo a atacado em um galpão de 300 m² no bairro do Pari, região central da capital paulista, hoje ocupa uma área de 20 mil metros e esta localizada na marginal do rio Tietê (sentido rodovia Ayrton Senna), próxima à ponte da Vila Guilherme. Seus clientes e consumidores contam com mais de 3.000 m² de loja à disposição e um amplo estacionamento coberto para veículos de passeio e de carga.
O expertise, sucesso e reconhecimento conquistados no ramo pela Marsil nestes 50 anos de existência não revelam o grande desafio que lhe fora imposto em 1982, quando uma daquelas enchentes devastadoras que aconteciam na região com o transbordamento do Tietê, inundou a loja e destruiu mais de 90% do seu estoque. Menos de um ano depois, com a parceria entre fornecedores e clientes, a Marsil revelava, em plena década de 80, o sinônimo do que hoje chamamos "Case" de sucesso empresarial. E certamente Felisberto contribuiu para esta reconstrução: seu espírito empreendedor e visionário aliou-se à sua esperança, seu bom humor, seu otimismo e à sua força em sempre lutar e jamais se entregar diante das dificuldades.
Juntamente com outro membro da família Marques,  Alberto Marques, e com Maurício Rodrigues, da família Silva; Felisberto dirigiu a empresa tendo com seus funcionários e clientes um relacionamento de empatia. Alías, esta é outra razão para a Marsil ser sempre citada em cases de sucesso em empresas familiares: relacionamento. Todos os sócios e diretores ficam a maior parte do tempo circulando pela loja, conversando com seus clientes e consumidores, identificando as suas necessidades e oportunidades, ouvindo quem lhes dá preferência. Neste quesito, Felisberto Marques certamente conquistou milhares de amigos.
A história de Felisberto não termina com seu falecimento; ela continuará a ser escrita como num "flash back" de memórias de todas as vezes em que ele sorriu e fez sorrir. Sua alegria não cessa com sua morte: ela permanecerá percorrendo cada canto da Marsil e, onde houver tristeza pela lembrança de sua falta, imediatamente haverá também um sorriso quando alguém lembrar de uma piada por ele contada.
Em 2006, em entrevista para uma publicação da empresa Werner e Associados (Consultores Internacionais em Desenvolvimento Societário), Felisberto brincou com a seguinte frase: "Como a vida é meio amarga, nós vendemos doce para adoçar". Hoje, justamente quem sempre trabalhou para adoçar as vidas de milhares de pessoas, acabou permitindo-se amargá-las, involuntariamente. Até o clima nesta sexta-feira foi amargo, tempo fechado com frio e chuva, um dia triste, de fato.
Mas, como na canção de Renato Russo, enquanto "os bons morrem jovens",
Nós continuamos aqui com
Nosso trabalho e nossos amigos
E nos lembraremos de você
Em dias assim
Dia de chuva
Dia de sol
E o que sentimos não sabemos dizer...
Vai com os anjos
Vai em paz
Era assim todo dia de tarde
A descoberta da amizade
Até a próxima vez...

(Felisberto Marques deixou esposa e filho)

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Eles possuem passaporte diplomático. E você?

No início deste ano, a imprensa brasileira divulgou amplamente o uso de passaportes diplomáticos por dois filhos e um neto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. À partir disto, deu-se mais de uma semana em incansáveis debates e reportagens àcerca da discussão sobre o direito ao uso do documento por pessoas que nunca ocuparam cargos públicos e que jamais defenderam questões de interesse do país perante outras nações, o que justificaria a posse do tal passaporte.
Diante da repercussão negativa da denúncia envolvendo parentes do ex-presidente Lula, o ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, aprovou novas regras para a emissão de passaportes diplomáticos, em reunião com a presidente da República, Dilma Rousseff. O anúncio foi feito na noite do dia 24 de janeiro deste ano e a portaria foi divulgada pelo Itamaraty e publicada no Diário Oficial da União do dia 25 de janeiro de 2011.
O decreto 5.978 de dezembro de 2006 garante o benefício do passaporte a presidentes, vices, ministros de Estado, parlamentares, chefes de missões diplomáticas, ministros dos tribunais superiores e ex-presidentes. Cônjuges e dependentes até 21 anos (24 anos caso seja estudante) ou portadores de deficiência também têm direito ao passaporte. No entanto, a legislação permite que o ministro de Relações Exteriores autorize a expedição do documento "em caráter excepcional" e "em função de interesse do país".
Entre as vantagens, quem possui passaporte diplomático tem acesso à fila de entrada separada e tratamento menos rígido nos países com os quais o Brasil tem relação diplomática. Em algumas nações que exigem visto, o passaporte diplomático o torna dispensável. O documento é emitido sem nenhum custo para a autoridade e seus dependentes.
Esquecendo-se da repercussão negativa da notícia que deu conta que os filhos e o neto de Lula possuíam o passaporte diplomático, o Itamaraty renovou o passaporte diplomático do bispo e fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, Edir Macedo, e sua mulher, Ester Eunice Rangel Bezerra. Romildo Ribeiro Soares, cunhado do bispo, também possui o documento especial. A informação foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (11).
Em setembro, a Justiça Federal de São Paulo recebeu parcialmente a acusação do Ministério Público Federal em São Paulo e abriu processo contra o líder mundial da Igreja Universal do Reino de Deus, Edir Macedo, e mais três pessoas.
O MPF denunciou Edir Macedo, a diretora financeira Alba Maria Silva da Costa, o bispo da IURD e ex-deputado federal João Batista Ramos da Silva e o bispo Paulo Roberto Gomes da Conceição pelos crimes de quadrilha para a prática de crimes de estelionato, falsidade ideológica, evasão de divisas e lavagem de dinheiro, na forma de organização criminosa, conforme previsto na Convenção de Palermo, ratificada pelo Brasil em 2004.
Se a concessão de tal passaporte e os privilégios que o documento garante aos seus portadores são de exclusividade de pessoas em "missão" de interesse do país, por que, então, fora autorizada a Edir Macedo e sua esposa? O líder da IURD tem relações estreitas com a Presidência da República mas isto não lhe confere direito na obtenção do passaporte diplomático, a menos que a máxima "quem pode mais, chora menos" também seja levada à risca no Planalto Central.
Ao lado, publicação do Diário Oficial da União desta sexta-feira (11) informando a renovação dos passaportes diplomáticos de Edir Macedo e de sua esposa.

Abaixo, a íntegra da portaria que foi publicada no  Diário Oficial da União no dia 25 de janeiro de 2011.
"O MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES, no uso de suas atribuições, tendo em vista o disposto no art. 87, parágrafo único, II, da Constituição e no art. 6º, §3º, do Decreto nº 5.978, de 4 de dezembro de 2006, resolve:
Art. 1º Os pedidos de concessão de passaporte diplomático em função do interesse do País conforme previsto no §3º do art. 6º do Decreto 5.978, de 4 de dezembro de 2006, observarão os seguintes critérios:
I – encaminhar solicitação formal e fundamentada por parte da autoridade máxima do órgão competente que o requerente integre ou represente;
II – demonstrar que o requerente está desempenhando ou deverá desempenhar missão ou atividade continuada de especial interesse do país, para cujo exercício necessite da proteção adicional representada pelo passaporte diplomático.
Parágrafo único. A solicitação deve ser encaminhada ao Ministro de Estado das Relações Exteriores com antecedência mínima de 15 (quinze) dias em relação ao início da missão oficial, contados da data do recebimento da solicitação.
Art. 2º A autorização de que trata o §3º do art. 6º do Decreto 5.978, de 4 de dezembro de 2006, estará condicionada à avaliação, por parte do Ministro de Estado das Relações Exteriores, do efetivo interesse do País na concessão do passaporte diplomático.
Art. 3º O ato de concessão de passaporte diplomático com base no §3º do art. 6º do Decreto 5.978, de 4 de dezembro de 2006, será publicado no Diário Oficial da União.
Parágrafo único. Em caso de deferimento da emissão de passaporte diplomático em função do interesse do País, a solicitação e o respectivo despacho do Ministro das Relações Exteriores serão publicados no sítio do MRE.
Art. 4º A concessão de passaporte diplomático ao cônjuge, companheiro ou companheira e aos dependentes ao abrigo do §3º do art. 6º do Decreto nº 5.978, de 4 de dezembro de 2006, bem como sua utilização, estará vinculada à missão oficial do titular e, portanto, terá validade pelo prazo da missão.
Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 6º Revogam-se as disposições em contrário.”

domingo, 6 de novembro de 2011

Cinegrafista da Band Rio morre durante invasão policial.

O cinegrafista Gelson Domingos da Silva, 46 anos, morreu na manhã deste domingo (6) após ser baleado durante um tiroteio entre policiais militares e traficantes na Favela de Antares, em Santa Cruz, zona oeste do Rio de Janeiro. Juntamente com o repórter Ernani Alves, Gelson fazia a cobertura jornalística da operação que os batalhões de Choque e de Operações Policiais Especiais (Bope) realizavam na comunidade, quando foi atingido por um tiro de fuzil no peito.

O cinegrafista foi levado para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Santa Cruz, mas não resistiu ao ferimento e chegou morto no local. Gelson estava com colete à prova de balas, um modelo permitido pelas Forças Armadas, usado pelos profissionais das emissoras de rádio e TV em situações de risco. No entanto, o equipamento não detém projéteis de fuzil.

Segundo repórteres que estavam no local, antes de ser baleado o cinegrafista da Band avistou um homem correndo com um fuzil na localidade conhecida como rua do Valão. Ele procurou proteção junto a uma árvore, atrás de um oficial do Batalhão de Choque da PM carioca, e conseguiu avistar um bandido, escondido entre dois postes, disparando contra os policiais.
Gelson Domingos da Silva era casado e tinha três filhos e dois netos.
"Repórter cinematográfico da TV Bandeirantes, ele já trabalhou em outras emissoras como SBT, Record e TV Brasil e sempre foi reconhecido pela experiência e cautela no trabalho que exercia", informou a nota divulgada pela Band.
No ano passado, Gelson recebeu uma menção honrosa do Prêmio Vladimir Herzog de anistia e direitos humanos. Ele começou a trabalhar na TV Bandeirantes em setembro passado.
O Presidente da Associação Profissional dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Rio de Janeiro (Arfoc-Rio), Alberto Jacob Filho, emitiu nota, na tarde deste domingo, lamentando a morte do cinegrafista Gelson Domingos, durante a cobertura de operação na Favela de Antares: 
“A Associação Profissional dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Rio de Janeiro (Arfoc-Rio) lamenta a morte em serviço do operador de câmera Gelson Domingos da Silva, da TV Bandeirantes, hoje pela manhã, na Favela de Antares, na Zona Oeste do Rio.
Esse é mais um capítulo da trágica história da cidade do Rio de Janeiro, que nos deixa consternados e preocupados com o seu futuro e o da profissão. Está mais do que provado que os jornalistas precisam se capacitar para esse tipo de cobertura e, quando julgar necessário, se recusar a arriscar a vida em situações como essa.
Exigimos das autoridades de segurança do Estado do Rio de Janeiro que sejam tomadas as providências necessárias para apurar as circunstâncias que levaram nosso colega à morte e a prisão do autor do disparo”.
Governador Sérgio Cabral manda mensagem
Na noite deste domingo (06), o governador Sérgio Cabral remeteu ao diretor da Band Rio, Daruiz Paranhos, mensagem com relação ao episódio que resultou na morte do cinegrafista Gelson Domingos.
"Prezado Daruiz, quero expressar os meus sentimentos de pesar aos familiares e aos companheiros de trabalho do cinegrafista Gelson Domingos.
Um abraço,
Sérgio".
Sentimento de gratidão
A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) divulgou nota na tarde deste domingo (6) em que “expressa o seu pesar aos familiares, amigos e companheiros de Gelson Domingos”.
“A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República – Secom expressa o seu pesar aos familiares, amigos e companheiros de Gelson Domingos, cinegrafista do Grupo Bandeirantes morto por um tiro neste domingo, enquanto fazia a cobertura em uma operação policial no Rio de Janeiro.
O trágico episódio reforça em toda a sociedade o sentimento de gratidão e de solidariedade a todos os profissionais de todas as categorias que, como Gelson, arriscam-se em suas tarefas diárias em prol dos brasileiros”.
A Assessoria da Polícia Civil informou na tarde deste domingo (6) que vai usar as imagens feitas pelo cinegrafista na investigação para chegar ao autor do disparo que causou sua morte. Na tarde deste domingo, a Divisão de Homicídios aguardava a chegada das imagens.
A incursão na Favela de Antares teve início por volta das 6h30 e contou com a participação de 100 policiais entre as forças do BOPE e do Batalhão de Choque. Segundo a Polícia Militar, o objetivo da ação era checar informações recebidas pelas áreas de Inteligência do Bope e do Choque de que líderes do tráfico, fortemente armados, se reuniam no local. Quatro suspeitos foram mortos e outros oito foram presos, entre eles, o "gerente" do tráfico na região, Renato José Soares, conhecido como "BBC", e seu braço-direito, Leandro Ferreira de Araújo, vulgo "China".
A operação foi comandada pelo 1º tenente Leonardo Novo Oliveira Araújo. A ação policial apreendeu um fuzil AR 15, três pistolas, cinco rádios transmissores, um quilo de maconha, 574 trouxinhas de maconha, 522 pedras de crack, 100 pacotes de cocaína, R$ 3.154 e nove motos.
O enterro do cinegrafista vai acontecer nesta segunda-feira (07), às 15h, no Memorial do Carmo.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Dia Mundial de Combate ao AVC

Em comemoração ao Dia Mundial de Combate ao AVC, celebrado no dia 29 de outubro; o Hospital Albert Einstein realizará ações de conscientização sobre a doença  no dia 30 de outubro, no Parque do Ibirapuera.

Na ocasião, médicos do hospital realizarão gratuitamente exames de peso, altura, pressão arterial, glicemia, Índice de Massa Corpórea (IMC) e circunferência abdominal.

As ações têm por objetivo informar a população sobre a importância da realização de exames preventivos para detecção precoce de possíveis sintomas.

No Brasil, o AVC é a primeira causa de morte e incapacidade
e a mudança de hábitos, o diagnóstico e tratamento precoce podem prevení-lo.
 
Para realizar os exames, basta comparecer ao estande do Hospital Albert Einstein no Parque do Ibirapuera dia 30 de outubro (domingo), das 9h às 14h.


domingo, 16 de outubro de 2011

AVC - Você pode salvar uma vida.


NOTÍCIA IMPORTANTE:
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL - VOCÊ PODE SALVAR UMA VIDA.

Durante um churrasco, Ingrid caiu. Queriam chamar uma ambulância mas ela insistiu que estava bem e só tropeçou por causa dos sapatos novos. Estava pálida e tremia, então lhe deram um prato com comida. Ingrid passou o resto da noite bem disposta e alegre.

Mais tarde, de volta para casa, o marido de Ingrid telefonou e deu a notícia: sua mulher havia sido internada em um hospital e às 23h, faleceu. Ela tinha tido um AVC durante o churrasco. Se as pessoas soubessem reconhecer os sintomas, Ingrid podia estar viva.

Algumas pessoas não morrem logo mas ficam durante muito tempo sujeitos a apoios e numa situação de desespero. um neurologista disse que quando consegue chegar a um individuo que sofreu um AVC, ele pode eliminar as sequelas. O segredo é diagnosticar e tratar a pessoa durante as primeiras 3 horas.

Como reconhecer um AVC?
Há 4 passos que devem ser seguidos para reconhecer um AVC.
  1. Peça à pessoa para rir (ela não vai conseguir).
  2. Peça à pessoa para dizer uma frase simples ("hoje está um dia bonito").
  3. Peça à pessoa para levantar os dois braços (não vai conseguir facilmente).
  4. Peça à pessoa para mostrar a língua (se a língua estiver torta ou virar de um lado para o outro, é um sintoma).
Se a pessoa tiver alguns destes sintomas a melhor providência é chamar imediatamente o médico e descrever os sintomas ao telefone.
Um cardiologista disse: "se for possivel divulgar estas dicas a um número elevado de pessoas podemos ter a certeza que alguma vida - eventualmente a nossa própria- pode ser salva". 

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Motociclista morre em grave acidente na Fernão Dias em MG

Um grupo com cerca de 30 motociclistas partiu na manhã deste domingo (25) de Guarulhos, região metropolitana de São Paulo, com destino à cidade de Cambuí, sul do Estado de Minas Gerais.
Ao retornarem do passeio, por volta das 11h50, o despachante Ronni Sérgio Xavier Cotrim, 45 anos, perdeu o controle da sua moto Yamaha F26 (600cc) em uma curva acentuada à esquerda, na altura do KM 940 da rodovia Fernão Dias, na cidade de Extrema (MG) e chocou-se violentamente no guard rail.

Com o impacto em alta velocidade, a lâmina de aço da proteção lateral da rodovia decepou uma das pernas de Cotrim e cerrou sua motocicleta separando o garfo (roda dianteira) do restante do veículo que foi arremessado em um barranco a cerca de 10m do local da batida.

Segundo testemunhas que passavam pela via no momento do acidente, o motociclista morreu poucos minutos depois e quando o resgate da concessionária Autopista Fernão Dias chegou, restou apenas aos socorristas a triste tarefa de cobrir o corpo de Ronni e sua perna mutilada.

Os amigos do despachante estavam muito abalados e não deram declarações sobre o acidente, apenas informações para a Polícia Rodoviária Federal sobre a vítima e a viagem.

Ronni Sérgio Xavier Cotrin era casado e tinha um casal de filhos.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Bonecos são os novos "seguranças" da USP

Se você é de São Paulo certamente lembra do "Ricardão", apelido dado pelos motoristas as bonecos implantados, no final da década de 90, em guaritas da CET espalhadas pelas marginais Pinheiros e Tietê, na tentativa de enganar motoristas que trafegavam nas vias com a proibição de suas placas em horários de pico. Era o início do sistema de rodízio de veículos na cidade e o prefeito era Paulo Maluf. 
Os bonecos usavam uniformes idênticos aos dos agentes de trânsito conhecidos como "marronzinhos". Apesar do deboche com o apelido dado ao boneco inflável, pelos motoristas, a CET insistiu na idéia e criou a versão feminina do boneco para tentar "convencer" os motoristas de que a fiscalização continuava presente. Não funcionou. Rapidamente, a boneca passou a ser chamada de Suzy, em alusão à famosa boneca americana. Ricardão e Suzy tiveram a aposentadoria antecipada e morreram abraçados em um depósito da CET.
Meses depois, foi noticiado que a Polícia Militar tentou ressuscitar a idéia para tentar enganar detentos e bandidos em, pelo menos, duas outras oportunidades. Um dos casos aconteceu numa delegacia de polícia da capital paulista, que estava sendo alvo constante de quadrilhas que tentavam invadí-la para libertar os presos ali encarcerados. Para tentar lubridiar os comparsas dos detentos, o delegado decidiu então fardar um boneco e colocá-lo de "vigia" em uma janela estratégica da delegacia. Funcionou por pouco tempo. Depois de alguns dias o "sentinela de araque" foi descoberto e a delegacia sofreu uma nova tentativa de invasão. No interior do Estado de São Paulo, um presídio, para solucionar o problema da falta de efetivo, adotou o uso de bonecos para "substituir" policiais nas torres de vigilância do complexo penitenciário. A sórdida manobra foi denunciada pela imprensa e a polícia foi obrigada a "demitir" os guardas infláveis.
Eis que, então, a famigerada Universidade de São Paulo (USP), resolve ressuscitar "Ricardão". A descoberta foi feita, e denunciada, em reportagem de Romeu Piccoli, da TV Record-SP, que flagrou um boneco no lugar de um segurança, dentro de uma guarita da universidade. No mês de maio passado, o estudante Felipe Ramos de Paiva (24) foi assassinado durante um assalto no estacionamento do campus da faculdade de economia.
Depois da morte do estudante, o governador Geraldo Alckmin e a reitoria da universidade prometeram reavaliar a segurança do local mas boa parte das guaritas continua vazia.
Eu sugiro que façam o mesmo com boa parte dos nossos deputados estaduais, federais, vereadores e, por que não dizer, com o nosso governador e prefeito? Demitam todos os ineficientes e, em seus postos, coloquem bonecos infláveis também afinal, do jeito que a coisa anda por aqui, ficará na mesma, com a diferênça de que boneco não ganha salário, muito menos exorbitante.

sábado, 9 de julho de 2011

Teixeira, sobre denúncias contra sí: "...caguei montão."

Um festival de desprezo às instituições, à classe política e ao país; é o "dono do Brasil". É isto o que você dirá após ler a matéria de Daniela Pinheiro da revista Piauí, em sua edição 58, de julho, que traz a publicação de entrevista com Ricardo Teixeira, o "todo poderoso chefão" da CBF.
Presidente da entidade a 22 anos, Teixeira concedeu uma entrevista recheada de palavras de baixo calão e muita arrogância, algo inadmissível em uma pessoa pública, dirigente de uma Confederação Brasileira de Futebol que pretende ser, inclusive, presidente da Fifa; pelo menos é o que se dá a entender em suas pronúncias. 
A entrevista foi realizada durante congresso da Fifa, na Suíça, e Teixeira atirou para todos os lados, falando contra tudo e contra todos, poupando poucos. Criticou David Triesman e Andrew Jennings, cartola inglês e o jornalista, consecutivamente, que o acusaram de corrupção. Jennings escreveu um livro sobre a corrupção na Fifa. O presidente da CBF também "sentou a lenha" em parte da imprensa brasileira. Adivinha quem, ou qual emissora, ele poupou?
Triesman, ex-presidente da Federação Inglesa de Futebol, foi quem acusou Teixeira de pedir dinheiro para votar na candidatura inglesa para a Copa de 2018, que será realizada na Rússia. Mas à jornalista Daniela Pinheiro, o presidente da CBF disse: "Esquece, isso é tudo armação. Esses ingleses estão putos porque perderam, eles não se conformam. Esse Triesman está tendo de explicar na Justiça como gastou 50 milhões de dólares, sendo 15 do governo, na candidatura da Inglaterra. É uma quantia absurda, não se explica. Nós gastamos R$ 3 milhões e levamos 2014. Eles não engolem isso, percebe?".
Partindo do mesmo princípio, o do ataque, Teixeira usou o termo "fanfarrão" para classificar o jornalista Andrew Jennings, e disparou: "Minha querida, presta atenção, raciocina: a BBC é estatal, é do governo, entende? É interesse do governo inglês anular a escolha da Rússia e tirar o Brasil do páreo, porque eles acham que podem nos substituir na última hora (em 2014). É tudo orquestrado, percebe?".
Citando os casos de contrabando no avião da Seleção em 1994, a CPI da Nike e a do Futebol, além das denúncias sobre a Copa de 2014, Ricardo Teixeira disse que não está preocupado porque "não saiu no Jornal Nacional". Ele ainda citou que não se preocupa com as constantes denúncias de veículos como UOL, Folha de S. Paulo, Lance! e ESPN que, segundo ele, dão "traço" de audiência: "Já falaram tudo de mim: que eu trouxe contrabando em avião da Seleção, a CPI da Nike e a do Futebol, que tem sacanagem na Copa de 2014. É tudo coisa da mesma patota, UOL, Folha, Lance, ESPN, que fica repetindo as mesmas merdas", afirmou.
Sobre como se sentia sendo alvo de tantas denúncias e tendo-as publicadas em todo o mundo, de uma só vez, Teixeira disse: "Não ligo. Aliás, caguei. Caguei montão", disparou.
Teixeira também disse que os negócios da CBF não deveriam chamar a atenção da imprensa. "Que porra as pessoas têm a ver com as contas da CBF? Que porra elas têm a ver com a contabilidade do Bradesco ou do HSBC? Isso tudo é entidade pri-va-da. Não tem dinheiro público, não tem isenção fiscal. Por que merda todo mundo enche o saco?", indagou.
Para o dirigente, tudo não passa de inveja dos brasileiros. "O neguinho do Harlem olha para o carrão do branco e fala 'Quero um igual'. O negro não quer que o branco se foda e perca o carro. Mas no Brasil não é assim. É essa coisa de quinta categoria."

Sobre a polêmica da indefinição dos estádios paulistas e sobre o Itaquerão ser, ou não ser, palco da abertura da Copa do Mundo 2014, Teixeira culpou a imprensa. "A imprensa é a maior culpada disso. Por ser toda paulista, passou três anos tentando enfiar goela abaixo o Morumbi. Com isso, atrasaram todos os projetos".
No fim da entrevista, Teixeira revelou à repórter a sua visão sobre o futuro: "Em 2014, posso fazer a maldade que for. A maldade mais elástica, mais impensável, mais maquiavélica. Não dar credencial, proibir o acesso, mudar horário de jogo. E sabe o que vai acontecer? Nada. Sabe por quê? Porque eu saio em 2015. E aí, acabou".

Por que Ricardo Teixeira age assim, com tanta arrogância e abuso de poder à frente da maior instituição de futebol do Brasil? Porque ele sabe que não haverá punição, tampouco algum tipo de veto, suspensão ou condenação por parte do governo deste país, do Ministro dos Esportes, por exemplo. Como ele mesmo disse, a CBF é uma instituição privada e, sendo assim, ninguém tem nada a ver com suas práticas espúrias diante da presidência da confederação. Durma-se com um barulho destes.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Corpo de motoboy espera 7 horas por remoção do IML.

No início da tarde desta quinta-feira (16), o motoboy William Alves do Carmo, de 22 anos, perdeu sua vida de forma trágica na zona leste da capital paulista. Ele seguia pela rua Sebastião de Andrade, no sentido da rua Tumucumaque, na Vila Carrão, quando foi atingido por uma carreta no cruzamento com a avenida Aricanduva. 
Uma câmera de um restaurante, instalada na esquina onde aconteceu o acidente, registrou a colisão e esclareceu que o motorista da carreta não teve culpa na tragédia. Alves ultrapassou o semáforo vermelho e talvez tenha tomado esta atitude por equívoco e não por imprudência.
Quando o semáforo se abre na rua Sebastião de Andrade, permitindo a travessia da pista sentido Marginal Tietê da avenida Aricanduva, a outra sequência semafórica permanece fechada sendo o sentido bairro da avenida Aricanduva liberado para o trânsito.
Segundo Elias Alves, de 53 anos, tio da vítima (foto); talvez o motoboy não notou que a abertura do semáforo havia se dado apenas para a travessia parcial do trecho, não permitindo que ele avançasse para o outro lado da via, na rua Tumucumaque e, seguindo em frente, acabou sendo atropelado e arrastado por cerca de 20 metros, debaixo da carreta.
Outro detalhe importante que deve ter contribuído para tirar a atenção do motociclista com o trânsito: no momento da travessia, ele usava um par de fones de ouvido que foi encontrado totalmente destruído próximo ao seu corpo.
O Resgate do Corpo de Bombeiros chegou ao local poucos minutos depois mas Alves não resistiu e morreu no asfalto, aonde permaneceu até as 19h30 quando foi removido com a chegada da viatura do IML (Instituto Médico Legal).
Os veículos só foram retirados da via por volta das 17h após a realização dos trabalhos da perícia técnica da Polícia Civil; mas o corpo do motoboy teve de esperar por mais duas horas e meia para deixar o local
Familiares do motoboy aguardaram a chegada do IML por cerca de 7 horas.
Não bastasse o sofrimento de perder um parente de forma tão trágica, a família ainda tem de suportar o trauma de assistir seu corpo putrefar em via pública por 7 horas até a sua remoção. A justificativa: não há viaturas suficientes nos Institutos Médicos Legais em todo o Estado de São Paulo para dar conta da demanda de remoção de corpos e quando o "rabecão", como é conhecido o veículo de transporte dos mortos, atinge sua capacidade de carregamento, ele tem de se dirigir à sede do IML para descarregar e depois retomar o trabalho.
A longa demora de sete horas para a remoção do corpo de uma vítima fatal de um acidente de trânsito acarretou em longos congestionamentos que refletiram na radial leste, viaduto Engº Alberto Badra e Marginal do Rio Tietê. No entanto, é "mais do mesmo".

sábado, 26 de março de 2011

Saidinha de banco: dois assaltos frustrados agitam a tarde.

Dois assaltos movimentaram as polícias Civil e Militar na tarde desta sexta-feira (25) no bairro da Vila Carrão, zona Leste da capital paulista, e quase aconteceram simultaneamente.
A primeira ocorrência foi em uma das duas agências do banco Bradesco da Avenida Conselheiro Carrão, na altura do nº 3000, a apenas 600m do 31º Distrito Policial. Por volta das 16hs, um bandido armado assaltou um policial militar da Força Tática que estava de folga e havia efetuado um saque de alto valor na agência. O assaltante fugiu do local no carro da vítima, um VW Spacefox, mas foi perseguido e, baleado pelo policial, acabou morrendo na rua Xiririca, no bairro de Vila Formosa.
Já na altura da Rua Baquiá, a 800m da mesma delegacia de polícia, outro assaltante caiu de sua moto depois de ser alvejado por tiros dados por mais um policial à paisana que estava de folga. Era mais uma "saidinha de banco" que, graças à ação do Cabo Porto (36) da Força Tática da Polícia Militar, lotado no 21ºBatalhão da Corporação; fracassou.

Por volta das 16hs, o CB Porto conversava com os amigos D.B.P (40) e R.A.R (41) na rua Lucinda Gomes Barreto, que fica paralela à avenida Conselheiro Carrão, quando o vizinho de um dos amigos estacionava o seu carro em frente à sua residência. Poucos metros atrás, dois assaltantes em duas motocicletas também pararam e Porto achou a movimentação estranha.
Quando o motorista P.O (38) descia do veículo, os ladrões se aproximaram e anunciaram o assalto. Neste momento, o Cabo da Força Tática apontou sua arma para os bandidos dando-lhes voz de prisão e ordenando que saíssem de suas motos e deitassem no chão, mas um dos marginais esboçou reação e, antes que efetuasse disparos contra o policial, foi alvejado por ele e iniciou fuga do local, seguindo no sentido da rua Baquiá. O segundo assaltante, não  atingido pelos tiros, fugiu em direção à avenida Aricanduva.
Porto e seus amigos perseguiram o assaltante ferido que acabou caindo de sua moto no cruzamento da avenida Conselheiro Carrão com a rua Baquiá. Mesmo no chão, ele ainda tentou sacar novamente sua arma mas foi contido pelo policial.
Socorrido pelo Resgate, foi encaminhado para o pronto socorro do Hospital Municipal do Tatuapé e não corre risco de morte, o que é uma boa notícia pois, assim, ele deverá colaborar com a polícia para a prisão do seu cúmplice nesta tentativa de assalto. Ao mesmo tempo, não é uma notícia tão boa pois, como diria o saudoso apresentador Luiz Carlos Alborguetti em um de seus famosos bordões, "bandido bom é bandido morto".
A vítima deste assalto havia sacado uma alta quantia em dinheiro de uma agência bancária no bairro da Saúde e foi perseguida por cerca de 18km até ser abordada pelos ladrões na porta de sua casa, na Vila Carrão. Em se tratando de uma tarde de sexta-feira, a perseguição deve ter durado, no mínimo, cerca de uma hora. O que faz os assaltantes assumirem um risco deste? Nosso Código Penal de dezembro de 1940.
Há 71 anos atrás não se ouvia falar de crimes como sequestro, estupros, saidinhas de banco, latrocínios... Não se matava por motivos fúteis, tampouco tinha-se acesso fácil à tantas armas e muitas, como hoje, com poder para derrubar helicópteros e perfurar blindagem de carro forte.
A culpa pela violência crescente em todo o país e principalmente nos grandes centros é dos nossos parlamentares. Com boa parte composto por corruptos e gananciosos, nosso Congresso legisla em favor de minorias e em favor próprio.
E em São Paulo, com Alckim e seu PSDB no governo, a tendência é de piora no quadro da "insegurança pública". Policiais são mal remunerados, recebem ticket refeição de R$4 e, ainda assim, graças a Deus, a maioria destes policiais defende a sociedade das ações dos marginais.
Em 2006, quando Alckmin era governador licenciado no Estado de São Paulo para concorrer à presidência da República, a maior organização criminosa que age dentro e fora dos presídios atacou e matou, durante dias, forças policiais do Estado. O que mudou cinco anos depois? Absolutamente nada!

domingo, 13 de março de 2011

É ministro, mas também ganha como procurador.

Partido dos Trabalhadores... diga-me com quem andas, e o que andas copiando, que te direi quem és.
Se você pensa que os escândalos se limitam a "Delúbios, Zés Dirceus e Joãos Paulos Cunhas", está completamente enganado(a).

O ex-coordenador da campanha de Dilma Rousseff à presidência da República, José Eduardo Martins Cardozo, ex-deputado nomeado ministro da Justiça, anda recebendo mais um salário oriundo de dinheiro público, além do que recebe do executivo Federal, e quem paga esta segunda salgada conta somos nós, paulistanos.

Cardozo é procurador municipal concursado desde 1982 e está licenciado da função, na Prefeitura de São Paulo, para exercer o cargo no ministério.

Segundo assessores do ministro, em resposta à reportagem do jornal  Estado de São Paulo, o dinheiro será devolvido, mas não informaram qual valor será restituído aos cofres do município.

Ainda segundo a reportagem, o salário de um procurador municipal que ingressou na mesma época que Cardozo gira em torno de R$18mil. Somado com o salário de ministro, R$26.723,13, o ministro já recebeu cerca de R$ 35mil em janeiro e fevereiro deste ano. O total excede o teto do funcionalismo público delimitado pelo salário de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que também é de R$26,7mil.

Os assessores de José Eduardo Cardozo afirmaram que o recebimento de salários como procurador do município ocorreu por "erro de comunicação entre o ministério e a Prefeitura de São Paulo". Ah vá... Quem garante que houve, de fato, uma troca de e-mails, telefonemas ou quaisquer outros contatos àcerca do assunto?

Em abril de 2007, o ministro havia pedido o afastamento da prefeitura para exercer seu mandato de deputado federal e a ausência fora concedida daquele mês até o dia 31 de janeiro de 2011, sem que o então deputado federal recebesse salários, naquele período,  pela função de procurador.

Entretanto, as condições do afastamento foram modificadas no fim de janeiro deste ano, quando Cardozo já havia sido nomeado ministro e, com as mudanças, a licença passou a ser remunerada.

Ainda segundo sua assessoria, ao tomar posse como ministro, José Eduardo fez uma nova solicitação de afastamento do cargo de procurador até o fim deste ano, sem prejuízo de vencimentos. Isso significa que ele iria receber também o salário de procurador por todo esse período. Entretando, nesta semana, o Diário Oficial da Cidade de São Paulo publicou uma alteração nas condições da licença, na qual o ministro deve abrir mão do seu salário na prefeitura a partir do dia 15 de fevereiro.

A assessoria do ministro informou à reportagem do Estado que, no mês de janeiro, Cardozo não recebeu integralmente o salário de ministro, já que lei municipal permite ao servidor público afastado optar por receber o salário original ou o do novo cargo. Mas, em fevereiro, o ministro recebeu o salário tanto pelo ministério quanto pela Prefeitura. Ainda de acordo com a assessoria, "Cardozo percebeu o erro após o alerta do Estado" e determinou a devolução integral do valor recebido da Prefeitura.

Peraí... o ministro só percebeu que havia recebido dois salários, um de forma irregular, apenas após ler reportagem/denúncia de um jornal? Ah tá! Quer dizer que se o Estadão não tivesse apurado e publicado mais esta mazela com o dinheiro público, ele nem teria tomado conhecimento de que estaria ganhando em torno de "35mil pilas" por mês e, certamente, não devolveria...?

Corrupção, mau uso de dinheiro público, improbidade administrativa... cânceres nacionais que só serão eliminados, um dia, se adotarmos aqui a política chinesa que condena à morte funcionários públicos e representantes do povo que agem da forma como agem os nossos políticos. O problema? Teríamos eleições a cada seis meses, até que todos os larápios brasileiros fossem executados, um a um.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Aula de direção acaba em morte na Aricanduva.

Eram por volta das 19hs desta quarta-feira (23) quando os soldados da PM André Moreira e Edson Aparecido, em patrulhamento pela região do Shopping Aricanduva, zona leste de São Paulo; receberam um comunicado do Centro de Operações da Polícia Militar (COPOM) informando que um veículo havia acabado de cair no córrego Aricanduva, em frente ao shopping de mesmo nome. Ao chegarem no local, Moreira e Aparecido ainda tentaram salvar as vítimas que, segundo relato dos soldados, estavam vivas e gritavam por socorro dentro do veículo que se encontrava com as quatro rodas para o alto e com todas as janelas fechadas. No entanto, não conseguiram salvar as duas mulheres que usavam os cintos de segurança, estavam presas a eles e morreram afogadas.
Daíza Cordeiro de Souza, de 47anos, estava fazendo aula de direção em seu próprio carro, um veículo Palio, e era orientada por uma instrutora que, até o início da madrugada, ainda não havia sido identificada pela polícia. Ela havia obtido a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) a cerca de quatro meses, mas ainda não sentia segurança ao dirigir, segundo informações de seu marido, Evandro, e da amiga Marinalva Batista dos Santos (45anos).

A instrutora foi contratada por Daíza no último domingo (20) quando fora realizada a primeira aula ao custo de R$30. Marinalva disse que a amiga expressou à ela o desejo de ser instruída dirigindo em avenidas de tráfego intenso e que gostaria de dirigir na área urbana na Rodovia Anchieta para, segundo ela, vencer o medo da direção.

Por causas ainda desconhecidas, a motorista perdeu o controle do veículo e invadiu as margens do córrego Aricanduva, onde não há guard rail, nem proteção alguma que pudesse evitar o progresso do veículo às aguas do córrego. Capotando na grama, o carro acabou afundando e, após tentativa de salvamento pelos soldados da Polícia Militar, mergulhadores do Corpo de Bombeiros foram acionados para resgatar as vítimas, já mortas, de dentro do automóvel.

Daíza era diarista, mãe de três filhas e mantinha um relacionamento estável com Evandro.

As cenas que seguiram às margens do córrego Aricanduva, na noite de ontem, eram de desolação completa. Agentes de trânsito da CET, policiais militares, bombeiros, jornalistas, fotógrafos, cinegrafistas e repórteres não compreendiam tamanha violência do trânsito que havia vitimado mais duas pessoas.

Ao chegar ao local com o marido de Daíza, uma  de suas filhas se desesperou e teve de ser amparada por policiais.

Aula de direção tem de ser dada por instrutor(a) credenciado(a) pelo Detran e a instrutora que dava as aulas para Daíza, segundo informações, não tinha cadastro no órgão mas trabalhou, até o ano passado, em um CFC (Centro de Formação de Condutores) quando deixou a auto escola para dar aulas particulares.  No entanto, ela não possuía um carro adaptado com duplo comando de pedais para que, numa eventualidade como a que aconteceu, pudesse agir no sentido de prevenir ou evitar a tragédia. As aulas eram aplicadas com os veículos dos próprios alunos.

Aula de direção clandestina: é tudo o que a cidade de São Paulo precisava para colocar seu trânsito, definitivamente, em total descontrole.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

"Saidinha de banco" em alta, mas SSP desmente.

A Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo divulgou, ao final do mês de janeiro, as estatísticas sobre o índice de crimes em todo o Estado, no ano de 2010. Os dados revelaram redução em todos os delitos mas, na prática, não é bem o que vemos, pelo menos 'não' na modalidade "saidinha de banco".

Na tarde de ontem (21), André Luiz Dantas de Souza, um mecânico de 37 anos; foi assassinado em plena tarde numa das avenidas mais movimentadas de São Paulo, a Celso Garcia, no Tatuapé, zona leste da capital paulista. Souza esperava, em seu carro, por uma amiga que havia ido sacar dinheiro em uma agência do Banco Itaú quando foi surpreendido por um assaltante que, primeiramente, dirigiu-se à mulher na tentativa de subtrair-lhe a quantia sacada e, como ela correu de volta ao interior da agência para se refugiar, ele atirou contra ela e atingiu sua perna esquerda.

Vendo a movimentação, André Luiz, que aguardava a amiga com o carro ligado, tentou deixar o local mas foi alvejado por três tiros e morreu.  O criminoso disparou em André por não ter conseguido roubar o dinheiro que a mulher carregava, cerca de R$27mil.

Antes de subir na garupa de uma moto Falcon preta pilotada por seu comparsa, o assassino ameaçou pedestres apontando-lhes sua arma e fazendo menção de atirar. 

Segundo os primeiros dados levantados pela Polícia Civil, a mulher já entrou na agência portando, em sua bolsa, mais de R$7mil e foi monitorada por um homem que estaria envolvido com os outros dois bandidos. Naquela agência, ela sacou mais de R$19mil.

Por ter sido atingida com um tiro em sua perna, a dona de casa foi encaminhada para a  Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e, após passar por exames, foi operada para a retirada do projétil e não corre risco de morte. Registrado como roubo no 52º Distrito Policial (Parque São Jorge), o caso passou para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Um erro e uma grande ilusão...

O erro está nas operações de saques feitos pela mulher; é do conhecimento de qualquer um que, infelizmente, hoje em dia não se pode sacar grandes quantias em dinheiro pois as chances de ser assaltado(a) em uma "saidinha de banco" são muito grandes. Ao contrário do que relatou o Secretário de Estado da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, à época da divulgação da queda nos índices de crimes no Estado; esta modalidade de crime é crescente, principalmente na capital. A redução deste crime, segundo as estatísticas, é que é a grande ilusão (ou será a "grande mentira"?). É isso!