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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Jornalista da Record morre em acidente na Régis Bittencourt.

Com 43 passageiros a bordo, um ônibus da Viação Catarinense, que saiu do Terminal Rodoviário do Tietê e ia de São Paulo a região sul do país, tombou na madrugada desta quarta-feira (28) na rodovia Régis Bittencourt. O motorista do ônibus disse aos policiais rodoviários federais que na altura do km 549, no município de Barra do Turvo, interior paulista, foi fechado por um caminhão no momento em que tentava uma ultrapassagem. No acidente, quatro passageiros morreram e 13 ficaram feridos sendo que dois ainda correm risco de morte e estão internados em estado grave. Todos estavam indo comemorar o réveillon em Florianópolis, Santa Catarina.
O tombamento aconteceu por volta das 5h, numa curva no sentido do Paraná. De acordo com a Autopistas Régis Bittencourt, concessionária que administra a rodovia, por conta do acidente a estrada chegou a ser parcialmente interditada por dez minutos no km 543 próximo a um posto de pedágio no sentido capital-interior, mas liberada em seguida após o ônibus ser destombado e removido ao acostamento. O sentido contrário da via, do Paraná a São Paulo, não foi afetado.

A jornalista Dayanne de Souza Albuquerque, de apenas 27 anos, coordenadora de rede do jornalismo da Rede Record; foi uma das quatro vítimas fatais deste acidente. Segundo informou a emissora, ela estava viajando com outras colegas para o réveillon em Florianópolis. Juliana Alberico Gutierre, pauteira, foi liberada com ferimentos leves e Bruna Margarida Nogueira Soares, também coordenadora de rede, passou por uma cirurgia na perna e foi transportada em uma ambulância para São Paulo. Rivka Pereira Lopes, ex-estagiária da Record, que assinou seu primeiro contrato de trabalho na última sexta-feira com a Mercedes Benz, está em estado gravíssimo em um hospital de Registro. 

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Vanessa di Sevo é demitida durante suas férias.

Cada um de nós, com certeza, já esteve em empresas onde existem as "panelas", os "queridinhos", os "adoráveis da chefia", os "pela-sacos" da vida e, invariavelmente, em todas elas também estão os imbecis. Ahhh os imbecis... estes são os mais perigosos, principalmente se a empresa apresenta bons resultados aos seus comandos. Ninguém percebe que o que é grande na mão dos ignorantes poderia estar bem maior, e bem mais rentável, na direção de pessoas sensatas e abertas à críticas e opiniões.
A "ditadura do falar", o "delito de opinião"... você fala o que sente na melhor das intenções visando o aperfeiçoamento de processos, adequação de estratégias, direcionamento correto de focos e... suas sugestões viram fofocas, suas críticas viram ofensas e você, o único sensato dentro daquela organização, passa a ser visto como a "laranja podre" e ainda que o cesto todo esteja estragado, ninguém percebe que você sempre esteve fora dele.
Todas as profissões tem seus submundos e poucos são os profissionais que não são atirados neles. Geralmente são os imbecis, os invejosos, os parciais, os de dupla personalidade. São aquelas pessoas com o complexo de "Gabriela" (eu nasci assim, eu cresci assim e sou mesmo sim, vou ser sempre assim): não se atualizam, pararam no tempo, mal sabem que existem gritantes diferenças entre uma pós e um MBA (sendo que pós graduação é uma busca por uma especialização que aprofunda-se em estudos cujas matérias não precisam ser inerentes à formação, enquanto que MBA - Master Business Administration, tem ligação direta e exclusiva com administração de negócios e gestões); e, ainda assim, são aplaudidas e mencionadas como exemplos de profissionalismo e comprometimento em suas organizações. Algumas até dão palestras, lideram reuniões (sempre longas, exaustivas e improdutivas; mas juram que delas saem bons resultados) e são escaladas como oradoras em seminários; inacreditável.
O jornalismo também tem seu submundo, talvez tão podre quanto em outras profissões. Pode-se assistir de tudo em contratações e em demissões. No jornalismo, em alguns casos, há parcialidades para admitir um profissional e também para dispensá-lo, bem como declarações de justificativas absurdas para dar ênfase aos motivos demissionais.
Já ví repórter perder emprego por ter relevado, de maneira não intencional, que a confecção antecipada de obituários de celebridades e pessoas públicas é uma prática comum em todas as redações; mas os dirigentes (os imbecis como citado no primeiro parágrafo) acreditam que o leitor deve crer que toda a história de vida da pessoa morta foi reunida e editada assim que o hospital divulgou a nota de seu falecimento. Só um idiota para acreditar que uma emissora de TV, por exemplo, buscou as principais imagens e momentos do Drº Sócrates, editou e publicou minutos depois de sua morte.
Também já ouví a emocionante frase "não é nada pessoal mas suas críticas não soaram bem na redação e esta postura é inaceitável entre os 'colegas'" (neste caso, os fofoqueiros, os integrantes de panelas, os pela-sacos). A contrapartida foi melhor e a demitida mandou: "sei... a postura aceitável é aquela em que a mentira deve prevalecer e a falsidade sempre será louvada para se manter o bom relacionamento entre todos aqui dentro e também lá fora com contatos e fontes. Esta postura me enoja e não me serve. Aonde eu assino?" kkk Digna de ser aplaudida em pé.
Desta forma indignada, solidarizo-me com Vanessa di Sevo, profissional experiente com uma bagagem cultural e profissional que deve servir de exemplo aos recém formados e aos que ingressarão em algum curso de jornalismo no próximo semestre; que foi demitida enquanto gozava de suas férias, conforme artigo publicado por Anderson Cheni em seu blog ( http://migre.me/7dFEO ).
Vanessa perde, claro; mas temporariamente. Ou talvez não; talvez ganhe como na máxima "há males que vem para o bem". A única certeza: perde muito mais quem se permitiu perdê-la. É isso.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Distribuidora de candies Marsil perde Felisberto Marques.

Em "Os bons morrem jovens", do álbum Descobrimento do Brasil (1993), da Legião Urbana; Renato Russo canta achar estranho o fato de os bons morrerem cedo demais, e a máxima citada na canção, infelizmente, permanece atual.
Na noite desta quinta-feira (1º), a Marsil, uma das maiores distribuidoras de candies da América do Sul; perdeu um dos sócios de sua segunda geração de administradores: Felisberto Marques. Ele se recuperava de uma cirurgia quando sofreu um ataque cardíaco que o levou à morte.
Fundada em 1961 por dois irmãos da família portuguesa Marques, que uniram-se a um amigo da família Silva, daonde originou-se "Marsil"; a empresa que iniciou suas operações vendendo a atacado em um galpão de 300 m² no bairro do Pari, região central da capital paulista, hoje ocupa uma área de 20 mil metros e esta localizada na marginal do rio Tietê (sentido rodovia Ayrton Senna), próxima à ponte da Vila Guilherme. Seus clientes e consumidores contam com mais de 3.000 m² de loja à disposição e um amplo estacionamento coberto para veículos de passeio e de carga.
O expertise, sucesso e reconhecimento conquistados no ramo pela Marsil nestes 50 anos de existência não revelam o grande desafio que lhe fora imposto em 1982, quando uma daquelas enchentes devastadoras que aconteciam na região com o transbordamento do Tietê, inundou a loja e destruiu mais de 90% do seu estoque. Menos de um ano depois, com a parceria entre fornecedores e clientes, a Marsil revelava, em plena década de 80, o sinônimo do que hoje chamamos "Case" de sucesso empresarial. E certamente Felisberto contribuiu para esta reconstrução: seu espírito empreendedor e visionário aliou-se à sua esperança, seu bom humor, seu otimismo e à sua força em sempre lutar e jamais se entregar diante das dificuldades.
Juntamente com outro membro da família Marques,  Alberto Marques, e com Maurício Rodrigues, da família Silva; Felisberto dirigiu a empresa tendo com seus funcionários e clientes um relacionamento de empatia. Alías, esta é outra razão para a Marsil ser sempre citada em cases de sucesso em empresas familiares: relacionamento. Todos os sócios e diretores ficam a maior parte do tempo circulando pela loja, conversando com seus clientes e consumidores, identificando as suas necessidades e oportunidades, ouvindo quem lhes dá preferência. Neste quesito, Felisberto Marques certamente conquistou milhares de amigos.
A história de Felisberto não termina com seu falecimento; ela continuará a ser escrita como num "flash back" de memórias de todas as vezes em que ele sorriu e fez sorrir. Sua alegria não cessa com sua morte: ela permanecerá percorrendo cada canto da Marsil e, onde houver tristeza pela lembrança de sua falta, imediatamente haverá também um sorriso quando alguém lembrar de uma piada por ele contada.
Em 2006, em entrevista para uma publicação da empresa Werner e Associados (Consultores Internacionais em Desenvolvimento Societário), Felisberto brincou com a seguinte frase: "Como a vida é meio amarga, nós vendemos doce para adoçar". Hoje, justamente quem sempre trabalhou para adoçar as vidas de milhares de pessoas, acabou permitindo-se amargá-las, involuntariamente. Até o clima nesta sexta-feira foi amargo, tempo fechado com frio e chuva, um dia triste, de fato.
Mas, como na canção de Renato Russo, enquanto "os bons morrem jovens",
Nós continuamos aqui com
Nosso trabalho e nossos amigos
E nos lembraremos de você
Em dias assim
Dia de chuva
Dia de sol
E o que sentimos não sabemos dizer...
Vai com os anjos
Vai em paz
Era assim todo dia de tarde
A descoberta da amizade
Até a próxima vez...

(Felisberto Marques deixou esposa e filho)