Mais um dia de verão em que as chuvas torrenciais, que caem no meio ou no final das tardes, em São Paulo; transformam as vidas de motoristas, e até de pedestres, em um verdadeiro teste de resistência mental e psíquica. Difícil controlar a ira contra os administradores públicos e, principalmente, contra parte da população suja, que vive em São Paulo, quando vemos tudo alagado, quando nos vemos ilhados.
Novamente o céu escureceu por volta das 15hs e a aproximação do dilúvio era anunciada.
Da série "Mais do Mesmo", as mesmas ruas alagaram, outras tiveram alagamentos inéditos, outros pontos revelaram-se transitáveis e, os mais azarados, intransitáveis.
Em razão da forte chuva, diversos bairros ficaram sem eletricidade. Entre os mais afetados estavam a Vila Mariana, Vila Maria, Mooca, Santana, Tremembé, Socorro e Tatuapé, de acordo com a concessionária AES Eletropaulo. O município de Diadema também ficou sem energia elétrica.
A razão para a interrupção no fornecimento de energia, segundo nota da AES, foram ventos, que ultrapassaram 100km/h, e raios que afetaram a rede aérea de eletricidade. Ainda segundo a empresa, até as 19h a energia já havia sido restabelecida em 55% das ocorrências.
Ontem (20), na zona oeste de São Paulo; uma mulher que orientava os frequentadores do Parque Villa-Lobos a se refugiarem em local seguro para não serem atingidos por descargas elétricas, a segurança Maria Aparecida Bueno, 45 anos, acabou sendo atingida por um raio. Ela está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas, respira com a ajuda de aparelhos e seu estado de saúde é grave.
Na rua Pedro Vicente, bairro da Armênia, região central de São Paulo; pedestres foram obrigados a disputar o asfalto com os carros já que a calçada estava completamente tomada por água e muito lixo. No cruzamento desta rua com a avenida Cruzeiro do Sul, o caos foi instaurado por motoristas insensatos que, adeptos da "lei de Gerson" (levar vantagem em tudo, sobretudo e sobre todos), fecharam os cruzamentos e, quando conseguiram, seguiram adiante mesmo com o semáforo fechado.
Por falar em semáforo: novamente eles entrarem em estado de inércia, bem como o órgão que os administra, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Durante a tempestade, dificilmente vê-se um agente, carinhosamente chamado de "marronzinho", apelido odiado por eles; orientando o trânsito ou tomando medidas de prevenção a acidentes. Mas é só parar de chover e eles retornam com seus talõezinhos e canetas, prontos para multar motoristas que, ilhados em algum ponto de alagamento da cidade, acabam excedendo o horário limite do rodízio e, por isso, são multados.
Mais de 40 pontos de alagamentos; mais de 300kms de lentidão; mais de 100 cruzamentos com semáforos desligados ou no "amarelo piscante"... Mais do mesmo. É isso!
Nenhum comentário:
Postar um comentário